27 de mai. de 2006

Quem é ela?

Lembranças da infância eu escuto
Todos os seus nomes, jeitos, sons e silêncios
Cheiro pai, cheiro pai
Morena de angola
Sandra Rosa Madalena
Ichiúca

Não, não
você não vai entender
Só nós.
Duas meninas – eu e ela
Uma delas minha irmã.

Olhos de jabuticaba, sorriso de mulher
Gargalhada de menina
Cabelo de índia, pele branca feito neve
Coração de mãe.

Passos certeiros, dança com alegria
Chora os guardados da vida
Levanta e sempre sacode a poeira
Ela é guerreira.

É a minha menininha que me ama
Eu a amo também
Minha irmã, companheira de vida
Tão longe tão perto.

Andressa, escuta aí
A nossa infância. Tá ouvindo?
Bicicleta, pular corda, esconde esconde, brincar de bicho,
de cabana, de bonecas, de rolimã, de teatro, de roda e

de amigas.

Pra sempre no coração.
Te amo, irmã.

autoria: Ana Carolina Caldas

20 de mai. de 2006

Quem somos nós?

Depois de tanto tempo, fomos os dois pela metade.Pra você, a sobrevivência da amizade, que é o mais claro entre nós. O resto é só confusão. Perguntou-me se isso faria com que deixássemos de ser amigos...Para mim, isso era pra depois, o importante era que fossemos inteiros apenas por alguns minutos. Meu desejo, uma explosão, você disse. O que aconteceu? eu disse.

Continua nossa amizade. Mais forte e intensa do que nunca. Só não posso lhe oferecer sempre o meu não desejo por você. Não o tenho. Conversas intermináveis, cumplicidade, brincadeiras, sorrisos, conselhos, abraços, beijos e amor. Podemos ser esse tipo de amigos?

Assim eu consigo.


autoria: Ana Carolina Caldas.
caos colorido

Fui até o dadaísmo pra entender a belle époque,
esse mundo cor de rosa que teimo viver.
Retornei.
E o caos agora me persegue
a pintar tudo o que vejo
de azul,
verde,
vermelho,
amarelo,
anil, laranja,
violeta, preto,
branco, azul,
verde...

de: anacarolinacaldas

19 de mai. de 2006

Os Poços

Havia uma cidade em que só havia poços, milhares de poços, mas não eram poços que se colocam água, eram poços que se colocam coisas. Água nem sabiam o que era. Com o tempo os poços começaram a ficar com manias de enfeitar a sua beirada. Adornavam com muros, com colunas, erguiam torres, com o tempo começaram a colocar coisas dentro deles. Uns colocavam televisão, geladeira, computadores. Outros colocavam carros, apartamentos, outros colocavam ouro, uns depositavam livros, alguns gostavam de roupas... enfiavam de tudo que havia para se colocar nos poços. Um dia os poços ficaram tão cheios que começaram a encostar uns nos outros, para resolver a situação uns começaram a cavar mais fundo para caber mais coisas. Para cavar tinham que tirar tudo de dentro do poço, e daí colocaram tudo para fora. Uns começaram a ficar com medo de perder suas coisas e desprotegidos se sentiam. Acovardados, botavam tudo de volta... Não, não era aquela a solução disseram alguns. Entrementes, um poço ficou curioso com aquele vazio proporcionado pela escavação. Sentiu algo diferente em ficar sem nada e resolveu tirar tudo de novo e reiniciar o bota fora. Os vizinhos aproveitaram e pegaram logo umas coisas que o outro poço jogava fora. Dia e noite o poço ficava mais fundo e a medida que ficava mais profundo menos escutava a fofoca dos poço vizinhos. Um dia depois de tanto cavar achou água... água de montão! Contente jogava água para o alto, chapinhava, bochechava, batia palmas. Do outro lado daquela cidade um outro poço resolveu também cavar, repetiu a mesma atitude do primeiro, com o tempo chegou também a água, claro. Os dois com o tempo começaram a cavar um túnel ligando seus poços; a água de um abastecia o outro e vice-versa. Esta comunicação despertou a atenção de outros poço e com o tempo havia novos poços se comunicando também.
Te encontro na água... Amor, sempre amor, Beijos


enviada por ele que vive na cidade "sanduíche"

14 de mai. de 2006

Por favor tristeza, vá embora

Disseram por aí
Que a tristeza veio me procurar
Mandei dizer que não
Estou

Ela não acreditou
Abriu as portas
E sem pedir licença
Entrou

Meu coração
Antes acelerado de alegria
Em descompasso
Chorou
Por favor tristeza
Vá embora
Devolve minh´alma
Que só vive sem você
autoria:anacarolinacaldas

8 de mai. de 2006

Uma pirueta, duas piruetas, BRAVO BRAVO....salta pela estratosfera e tromba de nariz, e a moçada vai pedir BIS...no intervalo tem cheirim de macarrão(didi), e a barriguis, ronca mais do que um trovãozis(mussum), quero um prato(zaca), cê tá loco(dedé), quero um poco(zaca), cê tá chato(dedé), dá um pedaço(zaca), cê tá gordo(dedé), eu te mordo(zaca), seu palhaço(dedé)....e olha o público cansado de esperar, o espetáculo nao pode pararrrrrrrr.......Multi piruetas, maxi cambalhotas...BRAVO BRAVO!!!


Saltimbancos Trapalhões...