20 de jun. de 2006

Poesia de Paula Fiuza

"o tempo passa.
e eu só percebo quando não consigo mais lembrar da voz
de como são as mãos
do modo como ele passa os dedos por entre os cabelos.
por mais que eu tente, procure,
desesperadamente nas gavetinhas do arquivo da minha memória,
não lembro.
ah, como isso me entristece!
demasiadamente.
tristeza diferente, profunda.
impotência que frustra, magoa.
prova irrefutável do que não quero admitir.
do que não quero viver
e ver."

(Paula Fiuza - acadêmica de jornalismo/Curitiba-Pr)