21 de jan. de 2008

E a revolução?


Sempre foi nostálgico. Os amigos de adolescência, a família e seus predicados, os brinquedos da infância, todas as namoradas, a tia do interior, a vó já falecida, o gosto por goiabada. Tudo era motivo de grandes saudades e alguma ferida.

Passeando na Paulista, encontrou um amigo dos tempos de juventude. Contaram histórias, lembraram dos sonhos e seguiram seus caminhos. Voltou pra casa lembrando-se de uma pergunta depositada no vazio: “você ainda quer mudar o mundo?”

Caminhou cabisbaixo. Lembrou do amor pela revolução cubana e das manifestações na praça central. Chorou. Parou na farmácia, tomou um antidepressivo e foi ao cinema.





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