2 de dez. de 2008

Viva o luto morto



Não saberia definir “gravidez”. Espera? Esperança? Contratempo? Silêncio? Luto? Ressurreição? Há muitas perguntas. Há poucas respostas. Perguntas e respostas tantas vezes já feitas e nunca encerradas. O tempo longo da espera faz de sentimentos bricolagem; das dores, esperança; dos medos um misto de pavor e confiança. Gravidez é negação do tempo antigo. É a contradição do velho grito em nome de um silêncio profundo... lento... doloroso... encantado... É germinação que mata a semente para brotar novidade.Vivamos o luto para ressurgir mais forte.Vivamos o luto para encarar a luta. O luto morreu. Viva o luto morto. Viva a revolução!
Não há, há Não


Não há tempestade que não passe.
Não há sofrimento que dure.
Não há mágoa que não cicatrize.
Não há dúvida que perdure
Não há medo que impeça de caminhar
Não há caminho que não se possa voltar
Não há estrada que nunca será trilhada
Não há dor que não passe
Não há história que acabe
Não há vida que pare
Não há força que enfraqueça
Não há batalha que te esmoreça
Não há confusão que não se ilumine
Não há dia que não surpreenda
Não há perdão que não se possa dar
Não há mudança que não possa se protelar
Não há virada que se possa demorar
Não há coração que endureça para sempre
Não há caminho que não possa ser reiventado
Não há você sem continuar em busca da felicidade
Não há vitória sem fé.