26 de jun. de 2009

BRASIL SEM LADO, FICO AO LADO DO MEU IRMÃO

O que acontece quando a coisa ta toda errada
Mascarada, fadada, cansada, desgastada, ferrada!
Um jogo de cartas marcadas
Tantas cartas
E as nossas?
Como é que fica?
A Carta Magna, de identidade, de nascimento
A carta de motorista, a carta da vergonha na cara!
Fica assim, por isso mesmo?
Não tem diferença e eu que tanto acreditei
Um dia, juro acreditei
Que o Brasil tinha lado
Agora, é cada um por si?
Comigo não, corrupção!
Meu lado é do lado
Dessa gente que eu olho no olho
Que não se esconde atrás da retórica
Nem das malas, do dinheiro, muito menos da safadeza
Ao lado da vida simples lá de casa
Das lembranças da vó faxineira, do vô alfaiate
Ao lado da Carol, da Luiza, da Isabela e do Didi
Desejo a eles luz pra quando chegar a hora
Eles, com a força da terra, da fé e do amor
Possam, oxalá, mudar isso tudo
Por ora, TÔ cansada
Me deixem não acreditar mais
Vou embora, segurar na mão do meu irmão
Que me olha no olho
E me diz, pode confiar
Em mim, você pode confiar.



Ana Carolina