30 de mai. de 2010


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Do meio da praça

O pipoqueiro avistou

A moça que à noite

Chorava olhando pra lua

Pela manhã abriu a porta

Pendurou um anúncio em letras decoradas:

“Se eu sou muito chão de fábrica e pouca poesia,

pé no chão e pouco devaneio

é o que tenho para o momento.”

Voltou para janela

Caderno e caneta à mão

Aliviada

Escreveu a mais linda das poesias.

Dedicada para ela.

Um comentário:

LabYoga disse...

Lindo hein!
gosto de labirintos tbm, mas daquele que você se acha, que só tem um caminho até o centro, sabe?
Acho lindo do poeta se abrir por inteiro e compartilhar o intimo.
aqui tem uma garota poeta boa de texto que voce vai gostar acho, parabens e força pra você