
Nó na garganta
Ela dedilhou palavras sentimentais
Com cuidado para não acordar o que adormecia
As letras eram cuidadosamente lapidadas
Devagar foi dizendo o que sua cabeça não entendia
Contou que as batidas do coração estavam apressadas demais
E ela tinha medo.
E pediu do moço, com ternura, apenas uma ajuda:
- Me ajude a entender.
E suplicou:
- Por favor, me ajude desatar o nó na garganta...
Um silêncio, ele estava a pensar
Pensou ela.
Que aguardava uma resposta com os seus olhos cheios d’água
Inesperadamente, ele respondeu:
- Ai que preguiça...! Mude o rumo desta prosa!
Na hora, o barulho ensurdecedor do desamor soou feito raio e trovão
E a moça que aguardava apenas uma ajuda..
ouviu gritar fundo o silêncio!
Sufocou as dúvidas, escondeu os sentimentos, amarrou ainda mais o nó.
Para evitar que nenhum amor mais saísse de lá.
E chorou a noite inteira
Até o sonho virar mar...e levar
Pra lá todas as mágoas do seu coração
Que não teve culpa
De amar.
2 comentários:
Retrato da falta de sintonia.
Postar um comentário